32 - Ano XCIV• NÀ 95
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
VENTOS DE SANTA BRÍGIDA V ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.
CNPJ sob o nº 17.875.103/0001-06
BALANÇO PATRIMONIAL
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
ATIVOS
31/12/2016
31/12/2015
(Reapresenta
do – Nota 5)
Circulantes
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 7)
230
Contas a receber (Nota 8)
7.849
Partes relacionadas (Nota 9)
10
Outros ativos (Nota 10)
543
8.632
Total dos ativos circulantes
Não Circulantes
Contas a receber (Nota 8)
Imobilizado (Nota 11)
129.459
129.459
Total dos ativos não circulantes
Total dos ativos
138.091
PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Circulantes
Fornecedores (Nota 12)
2.673
Contas a pagar
50
Contas a pagar – CCEE (Nota 13)
3.229
Partes relacionadas (Nota 9)
12.742
Obrigações fiscais e trabalhistas
40
216
Outras obrigações
Total dos passivos circulantes
18.950
Não Circulantes
Contas a pagar - CCEE (Nota 13)
823
Contas a pagar
2
Partes relacionadas (Nota 9)
61.449
Impostos diferidos
1.549
Provisão para desmobilização (Nota 14)
2.553
66.376
Total dos passivos não circulantes
Patrimônio Líquido
Capital social (Nota 15)
52.073
Reserva de lucros
692
Prejuízo acumulado
52.765
Total do patrimônio líquido
Total dos passivos e do patrimônio líquido 138.091
As notas explicativas da administração são parte
integrante das demonstrações financeiras.
5.910
4.858
491
11.259
11.300
135.688
146.988
158.247
10.783
109
10.712
1.070
22.674
81.154
2.553
83.707
52.073
(207)
51.866
158.247
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO EXERCÍCIO
FINDO EM 31 DE DEZEMBRO
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
31/12/2016
31/12/2015
(Reapresenta
do – Nota 5)
Receita líquida da venda
de energia (Nota 16)
14.456
Custos de operação (Nota 17)
(8.599)
Lucro bruto
5.857
Despesas operacionais
Despesas gerais e administrativas (Nota 17) (424)
Outras despesas (Nota 17)
(424)
Total
Lucro operacional antes do
resultado financeiro
5.433
Resultado financeiro
Despesas financeiras (Nota 18)
(3.647)
Receitas financeiras (Nota 18)
878
Total
(2.769)
Lucro antes do imposto de renda
e da contribuição social
2.664
Imposto de renda e contribuição
social correntes e diferidos (Nota 19)
(1.549)
1.115
Lucro do exercício
Lucro do exercício por lote
de mil ações - R$ mil
0,02
As notas explicativas da administração são parte
integrante das demonstrações financeiras.
7.261
(2.000)
5.261
(1.498)
(30)
(1.528)
3.733
(2.686)
1.106
(1.580)
2.153
(970)
1.183
0,02
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA EXERCÍCIO
FINDO EM 31 DE DEZEMBRO
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
2016
2015
(Reapresenta
do – Nota 5)
Lucro antes do imposto de renda
e da contribuição social
2.664
2.153
Ajustes para reconciliar o lucro do exercício
Depreciação e amortização
6.613
1.503
Variações de ativos e passivos
Contas a receber de cliente
8.309
(15.438)
Outros ativos
(52)
Fornecedores
(8.110)
(22.022)
Contas a pagar
(57)
109
Contas a pagar – CCEE
4.052
Obrigações fiscais e trabalhistas
(1.030)
1.003
Provisão desmobilização
2.553
Imposto de renda e contribuição
sociais diferidos
1.549
Imposto de renda e contribuição
social pagos
(970)
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas)
atividades operacionais
15.955
(31.109)
Fluxos de caixa das atividades
de investimentos
Adições ao imobilizado
(384)
(34.313)
Partes relacionadas - empréstimos concedidos (10)
Caixa líquido aplicado nas
atividades de investimentos
(394)
(34.313)
Fluxos de caixa das atividades
de financiamentos
Partes relacionadas - empréstimos
recebidos (pagos)
(21.241)
71.252
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas)
atividades de financiamento
(21.241)
71.252
Aumento (redução) de caixa e
equivalentes de caixa, líquidos
(5.680)
5.830
Caixa e equivalente de caixa no
início do exercício
5.910
80
Caixa e equivalente de caixa no
final do exercício
230
5.910
Aumento (redução) de caixa e
equivalentes de caixa, líquidos
(5.680)
5.830
As notas explicativas da administração são parte
integrante das demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Reservas de lucros Lucros/
Total do
Capital
Equalização(Prejuízos) patrimônio
social Legal dividendosacumulados
líquido
Saldos em 1 de
janeiro de 2015 52.073
(1.390)
50.683
Lucro do exercício
(Reapresentado
1.183
1.183
- Nota 5)
Saldos em 31 de
dezembro 2015 52.073
(207)
51.866
Lucro do exercício
1.115
1.115
Destinações:
Constituição de
reservas (Nota 15)
45
647
(692)
Dividendos mínimos
obrigs. (Nota 15)
(216)
(216)
Saldos em 31 de
dezembro 2016 52.073
45
647
52.765
As notas explicativas da administração são parte
integrante das demonstrações financeiras.
NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
1 Informações gerais - A Ventos de Santa Brígida V Energias Renováveis S.A. –. (“Companhia”), é uma sociedade anônima de capital fechado
constituída com o objetivo específico de construção, instalação, implantação, operação, exploração e manutenção da central geradora eólica
denominada Brígida V, no município de Caetés, Estado de Pernambuco. A Companhia é controlada pela Ventos de São Tomé Holding S.A Em
25 de dezembro de 2015, a Companhia entrou em operação comercial conforme despacho nº 4.139 de 24 de dezembro de 2015 emitido pela
ANEEL. A Companhia possui junto à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL a seguinte autorização e registro de geração:
Eólica
Estado
Cidade Capacidade Instalada MW Energia Assegurada MWh/ano
Inicio
Término
Brígida V Pernambuco
Caetés
28,9
131.616 Janeiro de 2016 Dezembro de 2035
A emissão destas demonstrações financeiras foi aprovada pela diretoria em 17 de abril de 2017. Capital circulante líquido - Em 31 de dezembro
de 2016, a Companhia apresentou capital circulante líquido negativo de R$ 10.318 (2015 - R$ 11.415), devido principalmente ao saldo entre
partes relacionadas e contas de ressarcimento (CCEE). A Companhia faz parte do Grupo Cubico e, em linha com os objetivos estratégicos,
possui acesso aos recursos necessários para honrar os compromissos da Companhia em caso de eventuais necessidades de caixa. A
Companhia possui compromisso formal de sua controladora de prover, caso necessário, suporte financeiro para o bom andamento de suas
operações. (a) Contrato de Energia de Reserva – CER - A Companhia firmou em 04 de agosto de 2014 um Contrato de Energia de Reserva
– CER, na modalidade de quantidade de energia elétrica com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (“CCEE”). Pelo referido
contrato a Companhia se compromete a vender a totalidade de sua energia gerada à CCEE, pelo prazo de 20 anos, a contar a partir de 1º de
janeiro de 2016, ao preço de R$ 135,32, atualizados anualmente pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA. A partir 1 de janeiro de 2016
a Companhia passou a faturar um valor fixo, mensal, correspondente ao valor definido em contrato. Eventuais diferenças entre o valor recebido
e o valor de energia elétrica efetivamente gerada serão compensadas financeiramente. Os critérios de apuração são definidos contratualmente,
mediante um limite de tolerância entre a energia efetivamente gerada e a energia contratada. O limite contratual aceito, sem a incidência de
penalidades ou bônus, é equivalente ao fornecimento de 90% a 130% da energia contratada de um ano, apurada ao final de cada quadriênio.
Nestes casos, o desvio positivo ou negativo entre a energia fornecida e a energia contratada é reconhecida no ativo ou passivo, respectivamente,
mediante a aplicação do preço contratual vigente sobre o MWh apurado. Eventuais diferenças entre o fornecimento de energia elétrica e a
energia contratada serão compensadas a cada quadriênio contratual, sendo que o primeiro quadriênio encerra-se em 31 de agosto de 2019;
Caso a energia fornecida seja inferior a 90% da energia contratada, será aplicada a penalidade, equivalente a 15% do preço contratual vigente
sobre o montante em MWh que for inferior aos 90%. Caso a energia fornecida seja superior a 130% da energia contratada, a Companhia
receberá 70% sobre o valor do contrato que exceder aos 130%. Em ambos os casos, o acerto financeiro ocorre a partir de setembro do ano
corrente até agosto do ano subsequente, mediante liquidação das faturas mensais emitidas pela Companhia à CCEE. Excepcionalmente em
2016 esse período ocorreu de 1 de janeiro a 1 de setembro. Até 31 de dezembro de 2016 a Companhia não possui nenhum efeito significativo,
além dos valores já registrados, a ser reconhecido em decorrência dos critérios mencionados anteriormente. 2 Apresentação das informações
contábeis e principais políticas contábeis adotadas - As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações
financeiras estão definidas abaixo. O exercício social da Companhia se encerra no dia 31 de dezembro de cada ano. 2.1 Base de preparação
- As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor. A preparação de demonstrações
financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia
no processo de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem
como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras estão divulgadas na Nota 3. (a)
Demonstrações financeiras - As demonstrações financeiras da Companhia foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no
Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações
financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão. Em função de não haver outros
resultados abrangentes nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, a Companhia não está apresentando a demonstração do
resultado abrangente nestas demonstrações financeiras. (b) Moeda funcional e de apresentação - As demonstrações financeiras são
apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas estão em milhares de Reais,
exceto quando indicado em outra forma. 2.2 Caixa e equivalentes de caixa - Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos
bancários e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses (com risco insignificante de
mudança de valor). 2.3 Contas a receber - As contas a receber de clientes são inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente,
mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva
de juros. Na prática, são reconhecidas pela valorização da energia
fornecida, em MWh, pela tarifa vigente do Contrato de Energia de
Reserva – CER (Nota 1). Caso a energia fornecida seja inferior à
energia contratada no período de apuração do Contrato de Energia de
Reserva - CER, o valor excedente recebido é registrado como
adiantamento de clientes. 2.4 Imobilizado - Os itens do imobilizado são
demonstrados ao custo histórico de aquisição. O custo histórico inclui
os gastos diretamente atribuíveis necessários para preparar o ativo
para o uso pretendido pela administração, excluindo custos de
financiamentos. A Companhia inclui no valor contábil de um item do
imobilizado o custo de peças de reposição somente quando for provável
que esse custo lhe proporcione futuros benefícios econômicos. A
depreciação dos ativos é calculada usando o método linear considerando
os seus custos e seus valores residuais durante a vida útil estimada
limitada ao prazo de concessão, a taxas anuais variáveis descritas na
Nota 11, levando em consideração a vida útil estimada dos bens. O valor
contábil de um ativo é imediatamente reduzido ao seu valor recuperável,
quando o valor contábil do ativo é maior do que seu valor recuperável
estimado (Nota 2.5). 2.5 Provisões para perdas por impairment em
ativos não financeiros - Os ativos que estão sujeitos a amortização
são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou
mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não
ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida quando o
valor contábil do ativo excede seu valor recuperável, o qual representa
o maior valor entre o valor justo de um ativo menos seus custos de venda
e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são
agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa
identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa (UGC).
Os ativos não financeiros que tenham sido ajustado por impairment, são
revisados subsequentemente para a análise de uma possível reversão
do impairment na data do balanço. 2.6 Fornecedores -As contas a
pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços
que foram adquiridos no curso normal dos negócios, sendo classificadas
como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até
um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como
passivo não circulante. Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor
justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o
uso do método de taxa efetiva de juros. 2.7 Provisões- As provisões são
reconhecidas quando: (i) a Companhia tem uma obrigação presente ou
não formalizada como resultado de eventos passados; (ii) é provável
que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação;
(iii) e o valor possa ser estimado com segurança. Quando houver uma
série de obrigações similares, a probabilidade de liquida-las é
determinada levando-se em consideração a classe de obrigações como
um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de
liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma
classe de obrigações seja pequena. As provisões são mensuradas pelo
valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a
obrigação, usando uma taxa antes dos efeitos tributários, a qual reflita
as avaliações atuais de mercado do valor do dinheiro no tempo e dos
riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência
da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira. 2.8
Capital social - As ações ordinárias e preferenciais são classificadas
no patrimônio líquido. 2.9 Reconhecimento de receita - A receita
compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pelo
fornecimento de Brígida V energia no curso normal das atividades da
Companhia. A receita é apresentada líquida de impostos. A Companhia
reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado
com segurança; (ii) é provável que benefícios econômicos futuros fluam
para a Companhia e (iii) quando critérios específicos tiverem sido
atendidos para as atividades da Companhia. Na prática, a Companhia
reconhece a receita decorrente do fornecimento de energia elétrica
considerando o montante em MWh gerado e fornecido valorizados ao
preço contratado. (a) Fornecimento de energia elétrica - A Companhia
reconhece a receita decorrente do fornecimento de energia elétrica
considerando o montante em MWh gerado e fornecido valorizados ao
preço contratado. 2.10 Imposto de renda e contribuição social
corrente e diferido - As despesas fiscais do exercício compreendem
o imposto de renda e contribuição social corrente. O imposto é
reconhecido na demonstração do resultado. Os encargos do imposto de
renda e contribuição social corrente são calculados com base nas leis
tributárias em vigor ou substancialmente promulgadas, na data do
balanço. A Companhia adota o regime do lucro real. 3 Estimativas e
julgamentos contábeis críticos - A Companhia faz estimativas e
estabelece premissas com relação ao futuro, baseada na experiência
histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros.
Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão
iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas
que apresentam um risco significativo de causar um ajuste relevante
nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício
estão divulgadas abaixo. (a) Vida útil econômica de ativos não
financeiros - Conforme o OCPC 05 - Contratos de Concessão, para os
bens integrantes da infraestrutura de geração vinculados aos contratos
de concessão (uso do bem público) assinados após 2004, sob a égide
da Lei n.º 10.848/04, que não tenham direito à indenização no final do
prazo da concessão no processo de reversão dos bens ao poder
concedente, esses bens, incluído terrenos, devem ser amortizados com
base na vida útil econômica de cada bem ou no prazo da concessão, dos
dois o menor, ou seja, a amortização está limitada ao prazo da
concessão. A administração reconhece a depreciação de seus ativos
imobilizados com base no menor prazo entre a concessão (Nota 1) e
nas vidas úteis estimadas de cada bem. (b) Conta de ressarcimento–
CCEE - A Conta de ressarcimento – CCEE reflete os efeitos sobre a
geração de energia fora dos limites de tolerância estabelecidos (energia
efetivamente gerada e a energia contratada). Tais variações fora dos
limites implicam no registro por estimativa de ativos ou passivos
contratuais. A administração da Companhia entende que a análise do
atendimento a estes limites é uma estimativa significativa. 4 Gestão de
risco financeiro - 4.1 Fatores de risco financeiro - As atividades da
Companhia a expõem a riscos financeiros e regulatórios. O programa
de gestão de risco global da Companhia se concentra na
imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais
efeitos adversos no desempenho financeiro da Companhia. Durante os
exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, a Companhia
não celebrou contratos que possam ser considerados como instrumentos
derivativos. A gestão de risco é realizada pelo setor financeiro da
Companhia, segundo as políticas aprovadas pela Diretoria. O setor
financeiro da Companhia identifica, avalia e protege a Companhia contra
eventuais riscos financeiros. A Diretoria estabelece princípios para a
gestão de risco global, bem como para áreas específicas. Risco de
mercado - Esse risco é oriundo da possibilidade de a Companhia
incorrer em perdas por causa de flutuações nas taxas de juros que
aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e
financiamentos captados no mercado. A Companhia monitora
continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a
eventual necessidade de contratação de operações para proteger-se
contra o risco de volatilidade dessas taxas. Riscos regulatórios - As
atividades da Companhia, assim como de seus concorrentes são
Recife, 24 de maio de 2017
regulamentadas e fiscalizadas pela ANEEL. Qualquer alteração no
ambiente regulatório poderá exercer impacto sobre as atividades da
Companhia. Risco de crédito - O risco de crédito decorre de caixa e
equivalentes de caixa, depósitos em bancos e outras instituições
financeiras, bem como de exposições de crédito, incluindo contas a
receber em aberto. Os recebíveis tem risco considerado baixo
considerando as características do cliente da Companhia (CCEE).
Risco de liquidez - É o risco de a Companhia não dispor de recursos
líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em
decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os
recebimentos e pagamentos previstos. Para administrar a liquidez do
caixa, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos
futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de Tesouraria. A
tabela abaixo analisa os passivos financeiros da Companhia, por faixas
de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço
patrimonial até a data contratual do vencimento. Os valores divulgados
na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratados.
Menos de Entre um e Acima de
um ano dois anos três anos
Em 31 de dezembro de 2016
Fornecedores
2.673
Partes relacionadas
12.742
12.929
48.520
Em 31 de dezembro de 2015
Fornecedores
10.783
Partes relacionadas
10.712
15.882
65.272
4.2 Gestão de capital - Os objetivos da Companhia ao administrar seu
capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidade da
Companhia para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras
partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal
para reduzir esse custo. Para manter ou ajustar a estrutura de capital
da Companhia, a administração pode, ou propõe, nos casos em que os
acionistas têm de aprovar, rever a política de pagamento de dividendos,
devolver capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou vender
ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento. Condizente
com outras companhias do setor, a Companhia monitora o capital com
base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à
dívida líquida expressa como percentual do capital total. A dívida líquida,
por sua vez, corresponde ao total de empréstimos (incluindo
empréstimos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no balanço
patrimonial), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa.
O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido, conforme
demonstrado no balanço patrimonial, com a dívida líquida. Os índices
de alavancagem financeira em 31 de dezembro:
2016
2015
Total das obrigações Partes Relacionadas
74.191 91.866
Menos: caixa e equivalentes de caixa (Nota 7)
(230) (5.910)
Dívida líquida (a)
73.961 85.956
52.765 51.866
Total do patrimônio líquido
126.726 137.822
Total do capital (b)
Índice de alavancagem financeira - % (a / b)
58
62
4.3 Estimativa do valor justo - A Companhia não possui ativos ou
passivos mensurados a valor justo. Entretanto, pressupõe-se que os
saldos de caixa e equivalentes de caixa, das contas a receber de clientes
e contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, menos a perda
(impairment) no caso de contas a receber, esteja próxima de seus
valores justos. 5 Reapresentação das Demonstrações Financeiras
- A Companhia identificou, durante o exercício, a necessidade de
retificação de fatos relacionados a exercícios anteriores. A
reapresentação dos saldos foi efetuada para refletir a despesa
financeira referente a cessão de recebíveis, a provisão para
desmobilização e o imobilizado. Seguem ajustes efetuados pela
Companhia para apresentar o balanço patrimonial de 31 de dezembro
de 2015.
Conciliação do balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015:
31/12/2015 Ajustes
31/12/2015
Ativo circulante
11.259
11.259
Ativo não circulante
141.294
5.694
146.988
152.553
5.694
158.247
Total dos ativos
31/12/2015 Ajustes
31/12/2015
Passivo circulante
19.533
3.141
22.674
Passivo não circulante
80.383
3.324
83.707
52.637
(771)
51.866
Patrimônio líquido
Total dos passivos e patrimônio
152.553
5.694
158.247
Conciliação da demonstração de resultado do exercício em 31/
12/2015:
31/12/2015 Ajustes
31/12/2015
Despesas financeiras
(1.915)
(771)
(2.686)
Considerando que os ajustes foram todos relacionados ao exercício
de 2015, não se faz necessário a abertura da terceira coluna do balanço.
6 Instrumentos financeiros Instrumentos financeiros
2016
2015
Caixa e equivalente de caixa (Nota 7)
230
5.910
Contas a receber (Nota 8)
7.849 16.158
Partes relacionadas (Nota 9)
10
8.089 22.068
Outros passivos financeiros
Partes relacionadas (Nota 9)
74.191 91.866
Fornecedores (Nota 12)
2.673 10.783
76.864 102.649
7 Caixa e equivalentes de caixa
2016
2015
Disponibilidades:
Bradesco S.A.
5
6
Daycoval
2
Trianom
1
18
6
Santander S.A.
23
15
Aplicações financeiras (a):
Santander S.A.
207
5.895
207
5.895
Total caixa e equivalentes de caixa
230
5.910
(a) As aplicações financeiras são remuneradas a uma taxa média de
101% do CDI, e por não haver restrições ao resgate antecipado dos
valores aplicados e sujeitas a um insignificante risco de mudança de
valor, as aplicações foram consideradas equivalentes de caixa.
8 Contas a receber
2016
2015
Contas a receber referente a venda de energia(a) 7.697 16.158
Ajuste de geração(b)
152
7.849 16.158
Total
Ativo circulante
7.849
4.858
Ativo não circulante
- 11.300
Total
7.849 16.158
(a) Refere-se à venda de energia elétrica para a CCEE relativa ao
faturamento dos parques eólicos. (b) Refere-se ao somatório das
diferenças mensais apuradas durante o período de operação entre a
energia gerada e a energia contratada que será faturado conforme
contrato de energia de reserva – CER. Não existem valores de contas
a receber vencidos nos períodos apresentados. Além disso, não há
histórico de perdas com as contas a receber da Companhia, portanto